Ela é uma presença quase constante nos noticiários de economia. A Selic ou Taxa Selic, é a taxa básica de juros da economia brasileira.
Sua alteração, alta ou baixa, tem influência direta nas demais taxas de juros do Brasil, como as cobradas em empréstimos, financiamentos e até de retorno em aplicações financeiras.
A Taxa Selic foi criada em 1979, período em que a economia brasileira enfrentava um cenário de hiperinflação. Deste modo, o objetivo foi ser uma ferramenta de controle da inflação: qualquer mudança que o Banco Central do Brasil fizer na taxa resultará em uma alta ou queda da inflação.
Assim, o Banco Central tem como objetivo:
Aumento da Selic: desacelerar a economia, impedindo a inflação de ficar muito alta;
Baixa da Selic: estimular o consumo e aquecer a economia, aumentando a inflação quando ela está abaixo da meta.
Em junho, a Selic apresentou uma alta, de 3,5% para 4,25% ao ano – a terceira alta consecutiva de 0,75 pontos percentuais.
Isso significa que em uma economia mais aquecida, as pessoas compram mais e acabam ajudando a aumentar os preços. Isso está acontecendo no mundo e preocupa consumidores e o mercado. Para controlar a inflação, o BC eleva a taxa básica de juros. Com esse avanço na Selic, o crédito encarece. No entanto, circula menos dinheiro e os preços são contidos.
- Renda fixa
O efeito mais imediato de uma alteração na Selic ocorre sobre os investimentos de renda fixa.
A grande maioria dos ativos privados de renda fixa, como fundos de investimento, CDBs, LCIs e LCAs, têm sua remuneração afetada no caso de mudanças na taxa Selic. Isso significa que quando a taxa Selic diminui, o CDI também fica mais baixo.
Se a taxa Selic for muito maior que o CDI, os bancos podem preferir emprestar dinheiro ao governo, e não a outros bancos, já que assim terão uma rentabilidade maior;
Por outro lado, se a Taxa CDI estiver muito acima da taxa Selic, a remuneração dos títulos que usam essa taxa sobe, o que também não é interessante para os bancos.
- Renda variável
No caso da renda variável, a influência da Selic é menos imediata e mais ligada à especulação.
Por exemplo, uma alta da Selic pode incentivar investidores mais conservadores a tirar dinheiro da bolsa e aplicar em títulos públicos, atraídos pelos juros mais altos e menor risco.
Do contrário, os cortes na taxa Selic podem estimular investidores de perfil moderado ou arrojado a assumir os riscos da renda variável e migrar para a bolsa de valores.
- IPCA
O IPCA é o índice que aponta a inflação do país. Ele indica se houve variação nos preços de uma série de categorias de bens e serviços importantes no dia a dia das pessoas, como vestuário, alimentação, transporte, saúde, despesas pessoais, educação e comunicação. Qualquer mudança feita na taxa Selic afetará o resultado do IPCA.
Deste modo, aumentar a Taxa Selic ou mantê-la estável é uma maneira de conter o aumento do IPCA.
- Créditos
Quando a Selic sobe, os juros de empréstimos, financiamentos, parcelamentos, tudo isso tende a subir também. Deste modo, o crédito fica mais caro e menos acessível às pessoas.
Resumindo
Com a alta da Taxa Selic:
Os preços tendem a baixar ou ficar estáveis, como uma consequência do controle da inflação;
Os juros de crédito, parcelamento e cheque especial ficam mais altos;
Os rendimentos de investimentos em Renda Fixa ou títulos públicos indexados à Selic aumentam.
A Greencred oferece as melhores taxas e condições do mercado.
Conheça nossas soluções e entre em contato: (41) 3304-1100 ou (41) 3077-2100.