Com o distanciamento social sendo amplamente utilizado como estratégia de contenção da pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, os consultórios e clínicas ficaram mais vazios. Há alguns anos a Telemedicina vem ganhando espaço no mercado internacional, e agora tornou-se em uma ferramenta eficaz na proteção não só dos pacientes, mas também dos médicos.

A Telemedicina é a realização de consultas médicas de forma remota. No Brasil, a telemedicina já pode ser exercida nos seguintes moldes:

• Teleorientação, que permite que médicos realizem a distância a orientação e o encaminhamento de pacientes em isolamento;

• Telemonitoramento, que possibilita que, sob supervisão ou orientação médicas, sejam monitorados a distância parâmetros de saúde e/ou doença;

• Teleinterconsulta, que permite a troca de informações e opiniões exclusivamente entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.

Um estudo da Bain & Company mostrou que a Telemedicina está entre os seis setores que mais ganharam impulso imediato com a pandemia do novo coronavírus. Segundo a pesquisa, esse crescimento deve se manter em alta no longo prazo.

Com a chegada da pandemia, médicos da rede privada e do Sistema Único de Saúde (SUS) tiveram que adotar a Telemedicina como possibilidade em diversas especialidades. Atentos a essa movimentação, a equipe do Conselho Federal de Medicina (CFM) se apressou em garantir mais segurança nos atendimentos para a consolidação de práticas seguras de Telemedicina.

Receitas médicas e atestados digitais

Em parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) e o Conselho Federal de Farmácia (CFF), o CFM lançou uma ferramenta de emissão de atestados e de receitas médicas em meio eletrônico.

Clique e conheça a plataforma!

A iniciativa chega em boa hora para fomentar a Telemedicina entre os médicos e médicas brasileiros, mantendo a segurança dos profissionais da saúde e dos pacientes.

A Telemedicina está se consolidando aos poucos, mas com passos sólidos. Diante dessa movimentação de mercado, é interessante que os médicos aproveitem este bom momento.

Para utilizar a plataforma de receitas e atestados digitais, o profissional precisa de certificado digital padrão ICP-Brasil.

Para obtê-lo, o primeiro passo é escolher uma das 17 Autoridades Certificadoras credenciadas à ICP-Brasil. As políticas de comercialização são próprias de cada empresa.

Cabe à Autoridade Certificadora informar o valor do certificado, as formas de pagamento, os equipamentos necessários e a documentação obrigatória para emissão.

Na página do Conselho Federal de Medicina é possível consultar condições especiais para médicos obterem o certificado, por meio de um termo de cooperação técnica que o CFM estabeleceu com três diferentes autoridade, viabilizando a certificação digital a um baixo custo.

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Ao contrário do que muitos investidores iniciantes acreditam, a renda fixa também pode variar, apesar da previsibilidade dos ganhos. Isso tem ficado evidente nas últimas semanas e tem preocupado os investidores menos experientes. Não há motivos para pânico, mas é preciso entender esses riscos e saber como atuar diante do impacto da pandemia de Covid-19 na renda fixa do Tesouro Direto.

Com a instabilidade mundial trazida pela pandemia, o mercado de investimentos também sofreu interferências. Isso porque as empresas começaram a se endividar com mais frequência e, consequentemente, a reduzir o seu crédito.

Como estamos enfrentando uma crise de alto impacto, o diagnóstico futuro ainda é muito incerto. No entanto, é essencial que acompanhemos nossos investimentos com cautela para termos noção da segurança de nossas aplicações.

Tesouro Direto não deixou de ser seguro!

Quem investe no Tesouro Direto, por exemplo, que é uma Renda Fixa Pública, tem acompanhado um cálculo de perdas que tem preocupado muito. Mas não aja sem antes entender o que acontece neste período.

As taxas de juros e inflação estão variando com frequência, o que impacta os preços dos títulos públicos.

O Tesouro Direto, por exemplo, pode ser prefixado com uma rentabilidade anual de 4,59% ou indexado ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) somado ao índice de 3,41%. Nessas duas modalidades, as variações de preço têm caído.

E isso não significa que é hora de tirar o seu investimento antes do vencimento pré-estabelecido.

Muito pelo contrário. A desvalorização mostrada no seu investimento só vai ser computada em caso de resgate. A queda no preço que você vê hoje no seu investimento não interfere no valor fixado para o vencimento.

Por exemplo, se você estabeleceu um investimento para 2026, você irá receber o valor integral do rendimento. Se você resgatar agora, em momento de desvalorização, vai então “perder dinheiro”.

Resumindo o caso para quem já tem investimentos no Tesouro Direto:

• Este não é o momento ideal para realizar resgates
• Com o efeito dos juros, os preços caíram e essa desvalorização só é colocada em prática em caso de resgate
• O ideal é manter o ativo até seu vencimento, para garantir o retorno contratado no momento da compra

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Com informações da XP Investimentos.

A Greencred realizou na segunda-feira, 8 de junho, mais uma palestra online e gratuita com foco nos debates de recuperação econômica do país pós-pandemia. A palestra reuniu médicos e médicas de diferentes especialidades, professores universitários, integrantes da diretoria, cooperados e público em geral para ouvir e dialogar com o economista Daniel Alberini.

O tema central foi Cenário econômico e investimentos pós-Covid-19. Daniel Alberini é economista pela FAE Business School e MBA em Finanças com ênfase em Investimentos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), é sócio fundador e gestor dos fundos da CTM Investimentos e atua no mercado financeiro há mais de 15 anos.

O economista apresentou um olhar técnico para mostrar que o Brasil tem grande potencial de aplicar sustentabilidade fiscal e pagar as contas da pandemia. “Os dados econômicos no restante do mundo não mostram um cenário de depressão. A grande questão é que a sustentabilidade fiscal e a liquidez no Brasil é grande”, explica Alberini.

O que vai definir o fôlego brasileiro para a recuperação econômica está, segundo Daniel, mais ligado aos humores políticos e ações desencontradas do poder Executivo e do Congresso Nacional.

“O Brasil não vai ficar muito atrás dos países que já estão vivendo a reabertura e conhecendo a realidade da pós-pandemia. A projeção de queda anual do PIB é de 5% a 6%, muito próxima à queda de outras nações”, apresenta.

Entre os destaques da manutenção de uma sustentabilidade fiscal, Daniel Alberini destaca a atuação dos Bancos Centrais, não só no Brasil, mas em todo o mundo. “Os Bancos Centrais entraram com pacotes de estímulo econômico. Pacotes monetários, queda de juros, dando suporte máximo para os 3 ou 4 primeiros meses de pandemia. Essa atuação fez toda a diferença na recuperação desses países como China, países europeus e até os Estados Unidos que começa agora a entrar em processo de reabertura”, informa.

O economista explica que esta experiência nos deu uma lição prática de como os Bancos Centrais devem agir em um momento de parada brusca, quando todos se assustam e ficam “anestesiados”.

“Os bancos acabam retendo títulos de dívidas nesses momentos de estresse. O Banco Central americano, por exemplo, comprou todos os ativos, suportando essa transição e colocando as engrenagens da economia para rodar”, exemplifica.

O Banco Central acertou em algumas medidas emergenciais, mas o economista destacou o nosso perfil econômico majoritariamente agropecuário como um poderoso amortecedor do impacto da pandemia da Covid-19. “A economia brasileira é baseada no agronegócio. Segmento que ganhou bastante força competitiva, contribuindo para que o efeito da nossa queda fosse menor”.

Daniel Alberini reforça que o Brasil tem condições de bancar o pacote da pandemia e sair da crise da Covid-19 mais fortalecido economicamente em comparação em como o país entrou.

Investimentos

Depois de uma explanação sobre o cenário de retomada, Daniel Alberini respondeu perguntas diretas dos ouvintes, transformando a palestra em um debate plural.

Segundo o economista, a renda fixa não vai entregar o retorno de capital que o investidor esperava, principalmente diante daquele “efeito pânico” que ocorreu no início da pandemia, mas que já desapareceu.

“As companhias da Bolsa [de valores] costumam ser as maiores do seu segmento. As grandes companhias vão se beneficiar desse momento, o que torna o investimento em renda variável mais rentável. Essas grandes empresas da bolsa acabam capturando a retomada da economia de forma mais palpável”, diante deste argumento, Daniel explica que as ações da Bolsa e os fundos imobiliários ganham mais expressão e devem entrar no radar dos investidores.

“Num ambiente de baixas taxas de juros, os fundos imobiliários se tornam bons investimentos, com aluguel isento de imposto de renda. Por isso, este é um ótimo momento para estudar a diversificação do seu investimento: comprar ações, adquirir cotas em fundos e aplicar em renda fixa. Ter um portfólio de investimentos torna você um investidor que lida melhor com a variação diária de preços”, orienta.

Dr. Rubens Valarini, presidente da Greencred, finalizou o encontro agradecendo ao Daniel pela sabedoria compartilhada e pela visão otimista para os ouvintes começarem bem a semana. “Muitas de nossas fontes projetam cenários de depressão econômica e aumentam nossas incertezas em relação ao futuro. Muito bom poder contar com um olhar técnico que mostra que podemos sair bem dessa pandemia, mesmo que ainda não tenhamos certeza de quando começa este tão esperado pós-pandemia”, finalizou.